Thursday, June 28, 2007

Europa dos Cidadãos ou das Elites esclarecidas?

O pavor que a maior parte dos políticos europeus têm dos referendos como via de ratificação do futuro Tratado, começa a roçar o irracional. Se as experiências falhadas na França e na Holanda nos ensinam alguma coisa, é que a construção eurpeia não deve ser desenvolvida (exclusivamente) em circuito fechado, pelas elites dos decisores, Mas parece que a lição não foi aprendida. Ainda poucos perceberam que o ideal de Europa e todas as suas consequências no aprofundamento da integração só terá sucesso quando os Europeus estiveram emocionalmente envovidos no processo e se começarem a sentir cidadãos da União da mesma forma que se sentem Potugueses,Italianos ou Belgas. Mas não...o medo que o povo pense (e decida) por si próprio ainda gela muitas coragens. Assim, não vamos longe...

Saturday, June 02, 2007

A subida das temperaturas começou a afectar alguns espíritos...(parte 2)

De facto, nas últimas duas semana, o Governo não pára! Desta feita, depois de uma visita à Venezuela, um certo secretário de estado das Comunidades não encontrou nada mais interessante para dizer que salientar que ficou com "muito boa impressão" do governo local. Isto, numa semana em que Chavez continua a sua marcha para o totalitarismo, encerrando a RCTV, a última das televisões livres e pluralistas. De facto, provavelmente comparando alguns do seus pares em Portugal com os aspirantes a ditadores da revolução, este ilustre senhor ainda deve ter encontrado algumas vantagens comparativas...

A subida das temperaturas começou a afectar alguns espíritos...

Sócrates, como todos reconhecem, tem uma fragilidade evidente nas suas competências de Primeiro-Ministro: a notória falta de experiência em política internacional. E quando estamos prestes a assumir a presidência da União Europeia, notou-se esta semana que as prováveis aulas que tem recebido não estão a resultar. As suas declarações na recente visita à Rússia só são explicáveis pela alteração de época e de temperaturas. O sábio Sócrates relativizou as questões dos direitos humanos na pátria de Putin e, depois de andar pelo assunto com uma ligeireza confrangedora, sentenciou que "ninguém ensina nada a ninguém". Portanto, como brilhante corolário, coloca em pé de igualdade democracias ocidentais e o autoritarismo do Kremlin. Não se lhe exigindo que desse uma lição de moral, ética e democracia em casa do seu interlocutor, poderia ter escolhido o mal menor: o silêncio!