Friday, February 13, 2009

Linhas Tortas

Acréscimo da procura? Aumento da concorrência? Possivelmente ambos. E segundo o Telegraph, falamos dum concorrente directo ao vinho.

Mais uma má notícia, portanto, para a indústria nacional. :)

http://www.telegraph.co.uk/news/uknews/4602051/Cocaine-cheaper-than-lager-and-wine-as-drug-price-falls-by-half.html

Sunday, February 01, 2009

Gestão de Crise

Despertar é, para mim, um processo penoso, longo e faseado.

Começa na cedência diária em me levantar à hora ditada pelo despertador. Com o café da manhã, a consciência já me permite conduzir e receber o Destak pela janela, mas pouco mais. Só ao chegar ao escritório, ao me deparar com os os meus colegas e computador, aí me apercebo que o dia começou. E começava por regra bem , até há cerca de dois meses.

Foi por essa altura que uma nobre instituição que a Pátria Lusitana criou e promoveu, carinhosamente designada de "crise", perdeu dignidade ao ser diariamente invocada nos noticiários para justificar despedimentos, encerramentos de empresas e quejandos dramas sociais.

Uma empresa despedia 800 trabalhadores. ou 50. Ou 10. Ou 2 administradores corruptos. Três empresas com mais de 30 anos de estória e História fechavam. Ou duas. Ou uma. Tudo o que aparecesse na temática era passível de ser notícia, pois fazia parte desse grande tema que merece ser desenvolvido pelo jornalismo profissional - a saber, "a crise".

Cedo me apercebi que as manhãs custavam mais a passar e que a atenção no trânsito precisava de ser redobrada - isto porque a "crise" deixou os seus contornos financeiros e entrou na mente das pessoas, abespinhando-as, esmagando-as em todos os notíciários na rádio, todos os artigos fora da imprensa cor de rosa, todos os espaços noticiosos televisivos.

Esta "crise" mental entrou igualmente dentro da cabeça dos decisores de empresas e gestores que, mesmo no caso de projectos cabimentados com orçamentos aprovados, agora dizem: "vamos aguardar". Isto porque as poucas certezas que há é que, nos noticiários, não há uma única réstia de esperança que justifique fé na recuperação económica.

A dinâmica social é fortemente influenciada pelos media, já dizia o Macluhan à sua maneira. E os media pelos seus editores, cuja preocupação é sobreviver à "crise" e manter a mesma tiragem da sua publicação. E desde Dezembro que colocam todos os dramas, despedimentos e sangue social à mostra na sua vitrine.

Ora desde Dezembro, que seja do meu conhecimento, criaram-se 6 novas empresas. A nossa contratou mais uma pessoa. Uma outra contratou mais duas. Um parceiro nosso, freelancer, tem três ofertas de trabalho a tempo inteiro. E a procura dos nossos serviços está a aumentar.

Faz falta um órgão de comunicação social que se foque em comunicar aspectos positivos da dinâmica social nacional. Um ou dois. Há matéria nesse sentido e se queremos fomentar uma cultura de risco, uma cultura de inovação, não bastam apenas os maus exemplos.

Doutra forma, a crise que sempre conhecemos como instituição corre o risco de ser o nosso epitáfio.

Falsas Partidas

Há um ror de tempo que o Carlos me colocou o desafio de participar neste espaço e só agora, no lugar devido, posso agradecer a paciência dele com esta e tantos outros fiascos pessoais com ele - obrigado, Carlos.

Obrigado também por quereres fazer deste um espaço de discussão, sabendo de antemão que discordamos em aspectos essenciais e supérfluos da intervenção política na sociedade. Debater sem pedras no sapato é a melhor forma de encontrarmos o melhor caminho e percorrê-lo, a correr. Quem sabe, ainda sai daqui uma equipa de estafeta. :)

Assim espero.

Vamos lá.