Ditadores Light
Vladimir Putin é presidente de uma (suposta) democracia, recente e, para os olhares mais benevolentes e optimistas, ainda em fase de consolidação. Contudo, alguns tiques da sua velha escola KGB são difíceis de disfarçar, quer nos seus comportamentos, quer na sua visão do mundo que frequentemente partilha com a aldeia global. Os seus métodos refinados para “lidar” com opositores internos (deverá ler-se “eliminar”), controlar os media e usar as suas reservas de gás e a questão energética como meio de chantagem sobre a Europa, são o seu cartão de visita. Mas, ontem em Munique, numa conferência sobre política de segurança, o seu discurso institucional foi tão agressivo para os EUA e a Europa que trouxe a muitas mentes lembranças do tempo da Guerra Fria. Por todo o lado, embora com diferentes níveis de poder e relevância internacional, estes ditadores light (naturalmente, leves na forma, duros no conteúdo) estão na moda, multiplicam-se (Venezuela, Irão...) e parecem cada vez mais amigos...e o mundo cada vez mais inseguro!
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